QUEM FOI O BARÃO VERMELHO?

A banda de rock Barão Vermelho, que já teve entre os seus integrantes Cazuza e Frejat, usou o apelido desse aviador da Primeira Guerra Mundial pra dar o nome pro grupo. Eu vou (tentar) matar dois coelhos com uma cajadada só: fazer uma playlist da banda carioca e uma minibiografia desse cara. Bora lá?

1. Pro dia nascer feliz (1983) – Em 2 de maio de 1892, na cidade de Breslávia – parte do Império alemão e que hoje pertence a Polônia – nascia Manfred von Richthofen. Desde moleque o seu passatempo preferido era acordar bem cedinho e ir caçar com o pai. Abatiam coelhos, javalis, veados, velociraptors… Essa coisa de matar estava no sangue (Suzane que o diga).  

2. Por que que a gente é assim? (1984) – Como pertencia a uma família da aristocracia, herdou o título de freiherr, que pode ser traduzido como senhor livre ou barão. Ou seja, o sujeito não era pouca titica. Assim, seguindo a tradição familiar, seu pai enfiou Manfredinho na escola de cadetes quando ele completou 11 anos de idade, de onde saiu em 1911, passando a integrar o 1º Regimento de Cavalaria.

3. Declare guerra (1986) – Em 28 de julho de 1914 estourou a Primeira Guerra Mundial. A sua unidade foi enviada pra lutar contra os russos. Ao barãozinho cabia o trabalho de reconhecimento. Também fazia o trampo de operador de telefone e entregador de correspondências, isto é, era uma espécie de office-boy de guerra. Chegou até a ser condecorado com a Cruz de Ferro de 2ª Classe e foi “promovido” para o setor de suprimentos do exército. Estava de boa na lagoa…

4. Maior abandonado (1984) – Mas esse negócio de nunca estar na frente de batalha estava deixando Richthofen maluco. Ele queria ação! E foi quando pôs os olhos em uma aeronave que ele descobriu como alcançaria isso. Usou o famoso jeitinho bras… alemão e conseguiu uma transferência para a Aeronáutica. Tinha 23 anos. É lógico que ele teve que passar por um treinamento antes de se tornar piloto. Começou como observador em missões de reconhecimento: tinha que ficar sentadinho no banco traseiro dos aviões, o que pra ele era um tédio.

5. Carne de pescoço (1983) – A sua primeira vitória como piloto ocorreu em 1916, quando derrubou um avião britânico e pediu uma taça de prata com a data (17 de setembro) e o modelo derrubado (F.E. 2b) gravados. Virou um hábito. Toda vez que o alemão abatia um teco-teco inimigo ele pedia uma taça de prata. Mas essa brincadeira teve que acabar: esse minério estava em falta na Alemanha, devastada pela guerra. Ele também tinha uma outra mania: colecionava troféus das batalhas vencidas. Após derrubar uma aeronave, ele pousava e recolhia algo do piloto ou do avião: um pedaço da hélice, da asa, uma arma, um smartphone…   

6. Puro êxtase (1998) – Abatendo diversos aviões dos Aliados e ganhando várias condecorações, o barão estava mais feliz que pinto no lixo. No total, ele botou no chão 80 aeronaves. Era um caçador implacável, mas não era considerado um piloto arrojado e que fazia acrobacias, e sim um estrategista. E, olha só: apesar de ter ficado famosão na história por causa dos seus aviões vermelhos, ele só começou a pintá-los quando já tinha mandado 61 naves inimigas pro Ferro Velho. Quando viam aquela máquina vermelha nos céus, os ingleses e companhia já se borravam de medo. Nem passarinho se arriscava… Foi aí que os adversários começaram a chamá-lo de Barão Vermelho. Os franceses preferiam Diable Rouge (Diabo Vermelho).   

7. Bete Balanço (1984) – Agora complicou… Mas eu ouvi dizer que, quando ainda estava na escola de cadetes, em um de seus dias de folga ele conheceu e se apaixonou por uma tal de Elizabeth, que trabalhava na Casa da Luz Vermelha. E lá, seu nome de guerra era Beth Balance…

8. Ponto fraco (1982) – Em 21 de abril de 1918, o imbatível piloto de caça, o ás da aviação, talvez já se achando a última bolacha do pacote, quebrou uma das suas próprias regras: passou a voar baixo pra perseguir um avião e ficou exposto à artilharia terrestre. Recebeu uma rajada de metralhadora no peito e foi pro beleléu.

P.S.: A imagem que ilustra o texto é do saudoso desenho Corrida Maluca. O personagem que os ianques chamavam de Red Max e por aqui virou Barão Vermelho é inspirado no aviador alemão.     


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